Designação Ruínas de Torre de Palma (Monforte)
domingo, 27 de março de 2011
Villa Romana de Torre de Palma
Designação Ruínas de Torre de Palma (Monforte)
domingo, 20 de março de 2011
Citânia de Sanfins
A Citânia de Sanfins é uma das estações arqueológicas mais significativas da cultura castreja do Noroeste peninsular e da proto-história europeia. A sua situação geografica na região de Entre-Douro-e-Minho, terá sido factor determinante do desenvolvimento deste importante povoado. Existem indicios de que este povoado terá sido capital dos povos Calaicos, dos Brácaros, situados na margem direita do Douro.
Escavações no local permitiram a documentação de um povoado pré-histórico do período calcolítico entre os sécs. V e III a.C.
A grande dimensão deste povoado, que chegou a capital regional, resulta da união de vários outros povoados numa atitude de defesa estratégica contra as investidas da campanha do general romano Décimo Júnio Bruto.
Segundo Estrabão, com a conquista do Noroeste pelos exércitos de Augusto este castro foi transformado numa simples aldeia ocupando apenas a plataforma limitada pela muralha central, onde se procedeu a uma profunda reestruturação urbana em função do fomento da actividade metalúrgica.
Com as reformas flavianas praticadas na região, terá entrado num período de declínio, com uma população cada vez mais diminuta a cultivar os campos das imediações, até ao seu abandono em meados do séc. IV.
Campo privilegiado de investigação desde os tempos pioneiros da Arqueologia nacional, atraindo para estudo sistemático grandes vultos e instituições da cultura portuguesa e estrangeira, cumpre referir sobretudo o interesse de F. Martins Sarmento e J. Leite de Vasconcelos e, em especial, a actuação da equipa de Eugénio Jalhay e Afonso do Paço e seus colaboradores, posteriormente continuada por docentes e investigadores da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que, com o esforço de numerosas e sucessivas campanhas, tornaram a Citânia de Sanfins numa das mais prestigiadas estações arqueológicas peninsulares.
Estátua de guerreiro
Musica:Sons da Suevia - Cheirondomingo, 13 de março de 2011
Santa Maria Maior de Pombeiro de Riba de Vizela
Segundo a tradição o Mosteiro de Pombeiro é fundado em 1059 pertencendo á ordem dos Beneditinos, apesar da mais antiga referência documental conhecida apontar para o ano de 1099. Este Mosteiro foi doado, em 1102 pelos Sousões, família abastada e muito poderosa ligada à Corte. No ano de 1112 foi concedida Carta de Couto ao Mosteiro, atribuindo lhe privilégios e justiça própria. Inicialmente tratava-se de um edifício modesto, eventualmente vinculado à autoridade asturiana e localizado no lugar do Sobrado, medievalmente designado por Columbino.
A localização do Mosteiro, na interseção de duas das principais vias medievais da época – uma que ligava o Porto a Trás-os-Montes, por Amarante, e uma segunda que ligava a Beira a Guimarães e Braga, atravessando Lamego e o Douro em Porto de Rei – evidencia a significativa importância deste conjunto monástico Beneditino na região.
O poder da família dos Sousões, que efetuou as doações, e as dádivas dos fiéis permitiram a Pombeiro assumir-se como um potentado na região. Bens imóveis e padroados foram-se somando ao património deste Mosteiro, que chegou a possuir 37 igrejas e um rendimento anual muito cobiçado, proveniente das rendas e dos dízimos. O poder de Pombeiro estendia-se até Vila Real. Os Beneditinos, com o forte apoio da familia dos Sousões de Ribavizela, impulsionam o arranque da construção românica, cuja datação deverá residir ao longo da segunda metade do século XII, ou nas primeiras décadas do século XIII.
Após o término das obras na fachada principal, a frontaria recebeu uma galilé de três naves, destinada ao enterramento dos nobres de Entre-Douro-e-Minho, embora das tumulações efetuadas restem apenas dois túmulos românicos, atualmente localizados no interior do templo, e atribuídos, a um desconhecido nobre da família dos Lima e a D. João Afonso de Albuquerque.
Já na Idade Moderna, Pombeiro foi objeto de profundas modificações, a maioria das quais ocorridas no período Barroco. Uma das alas do claustro data de 1702, século ao longo do qual se realizaram a nova capela-mor, o coro alto, o órgão, as numerosas obras de talha dourada, as duas torres que flanqueiam a frontaria e uma parte das alas monacais.Os claustros foram alvo de remodelação nos inícios de Oitocentos, com uma campanha neoclássica, interrompida em 1834, com a extinção das ordens religiosas.
quarta-feira, 2 de março de 2011
Povoado de Chibanes-Palmela
Os trabalhos efectuados neste arqueossítio permitiram ter um quadro bastante completo da da extensão do mesmo, e uma aproximação à complexidade arquitectural da fortificação da Idade do Cobre e ao castro da Idade do Ferro.
A mais antiga ocupação humana de Chibanes teve inicio há cerca de 4.800 anos, durante a Idade do Cobre. As boas condições naturais de defesa foram reforçadas pela construção de uma verdadeira fortificação, com espessas muralhas, guarnecidas por bastiões semicirculares.
A primeira fase da vida deste povoado desenvolveu-se até aos inícios da Idade do Bronze (há cerca de 4.000 anos) e tinha como base uma economia agro-pecuária, embora a prática da caça e de recolecção de moluscos marinhos esteja igualmente documentada. A metalurgia do cobre fez parte das actividades artesanais deste povoado. A população de Chibanes terá enterrado os seus mortos na vizinha necrópole da Quinta do Anjo.
Após um período de abandono de cerca de 1.700 anos, mas graças às suas boas condições geoestratégicas viria de novo a ser utilizado como local de residência, , em períodos de grande instabilidade sócio-po1ítíca, como foram a II Idade do Ferro (sécs. III-II a.C.) e o período romano-republicano (sécs. II-I a.C.).
A estas ocupações humanas correspondem, respectivamente, a construção de uma fortificação associada à urbanização do espaço intramuros, e a sua reformulação, sob influência itálica, nomeadamente através do acréscimo de estruturas "abaluartadas", no extremo ocidental do povoado.