A sueste de Monção, na rota do Românico da ribeira Minho, ergue-se a igreja do antigo mosteiro de São João dos Longos Vales, situada num vale fértil e verdejante, possui uma igreja românica do século XII cuja nave, fachada e laterais foram alteradas no século XVII.
A fundação do mosteiro remonta ao tempo de D. Afonso Henriques pelos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Da igreja rodeada de castanheiros e espigueiros, salienta-se a capela-mor da igreja original Românica que exibe estranhas figuras esculpidas, como serpentes e símios, nos capiteis exteriores e na ábside do interior. a fachada e as laterais exteriores da nave são do sec. XVII o exterior e interior da abside do sec. XII.
A fundação do mosteiro remonta ao tempo de D. Afonso Henriques pelos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Da igreja rodeada de castanheiros e espigueiros, salienta-se a capela-mor da igreja original Românica que exibe estranhas figuras esculpidas, como serpentes e símios, nos capiteis exteriores e na ábside do interior. a fachada e as laterais exteriores da nave são do sec. XVII o exterior e interior da abside do sec. XII.
Tipologia
Arquitectura religiosa, românica, maneirista e neoclássica. Igreja de planta longitudinal composta por nave única, seiscentista, e capela-mor de três tramos, o último semicircular, românica, da 1ª fase do foco do Alto Minho, interiormente cobertas com tecto de madeira e abóbada de berço e quarto de esfera, respectivamente, com torre sineira e sacristia adossada à fachada lateral esquerda. (…) Cabeceira com contrafortes e zona semicircular ritmada por colunas com capitéis de decoração fitomórfica, zoomórfica e antropomórfica, terminada em cornija biselada sobre modilhões igualmente esculpidos.
Características Particulares
Igreja conventual conservando a capela-mor românica, de três tramos interiores marcados por arcos torais e exteriormente apenas com dois, de volumes escalonados, marcados por contraforte no primeiro e o outro por colunas. Segundo Carlos A. F. Almeida, a potência da sua arquitectura, a veemência, volumosa e a exuberância da sua escultura nos cachorros, capitéis, quer exteriores, quer interiores, e bases das colunas, fazem da cabeceira da igreja um dos cumes do românico nacional, constituindo-se um espaço onde há um grande delírio de formas, a que o granito empresta vida especial. As quatro colunas externas da capela-mor apresentam uma iconografia de particular relevância pelo valor iconográfico dos seus capitéis. Segundo o mesmo autor, o capitel historiado com harpa e centauro pronto a disparar o arco retesado é único no nosso românico. Na capela-mor, destaca-se ainda o baixo-relevo representando São Pedro na coluna interior do lado da Epístola, a qual poderá constituir um reaproveitamento e provir do primitivo portal principal. A solução adoptada na organização do templo e na sua altura é a mesma que encontramos em Sanfins de Friestas, com a qual mantém muitas semelhanças também a nível decorativo, tendo, igualmente, grande similitude com a Igreja de Tominho, na Galiza, na esteira da sua matriz galega.
SIPA, 2009