Um avivar das raizes

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domingo, 3 de abril de 2011

Mosteiro de São João de Tarouca





Foi o primeiro mosteiro da Ordem de Cister fundado em território português, no séc. XII, num local de forte tradição monástica evidenciada na própria invocação do mosteiro a São João, já que, por norma, os cistercienses dedicavam as suas abadias à Virgem Maria.Este mosteiro filiou vários outros no norte de Portugal: Fiães, São Pedro das Águias e Santa Maria de Aguiar.Na fachada da igreja existe uma inscrição que data o início da construção em 1152, e a sua sagração data de 1169.O Mosteiro está implantado junto do rio Varosa pois era condição da Ordem que os edifícios fossem erguidos junto de cursos de água. Embora se conserve ainda o recinto envolvido pela cerca, desapareceram já os claustros e alguns dos edifícios monásticos.As inúmeras doações recebidas (a primeira, pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques), e uma eficaz gestão das aquisições, tornou-o próspero nos séculos XII e XIII, possuindo um vasto património que se distribuía por todo o norte e centro do país.Durante o século XVIII o Mosteiro foi alvo de ampliações e renovação do mobiliário litúrgico e linguagem artística, como o prova a renovação da fachada, a execução dos azulejos da capela-mor (1718), o cadeiral do coro, que tem a particularidade de possuir nos espaldares representações pintadas de figuras ligadas à Ordem de Cister, ou o órgão, encomendado em 1766. Antes disso, ainda no século XVII, a capela-mor havia sido totalmente reformulada e ampliada para albergar um retábulo de talha dourada. Em 1996, a intervenção no Mosteiro de Tarouca, reconhecidamente um dos mais significativos monumentos da arquitectura cisterciense em Portugal, foi assumida como prioridade absoluta do IPPAR. As acções desenvolvidas desde então compreenderam diversas áreas de actuação, desde a conservação e restauro e a elaboração de estudos no âmbito da salvaguarda, até à aquisição de terrenos e drenagens.

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