Segundo a tradição o Mosteiro de Pombeiro é fundado em 1059 pertencendo á ordem dos Beneditinos, apesar da mais antiga referência documental conhecida apontar para o ano de 1099. Este Mosteiro foi doado, em 1102 pelos Sousões, família abastada e muito poderosa ligada à Corte. No ano de 1112 foi concedida Carta de Couto ao Mosteiro, atribuindo lhe privilégios e justiça própria. Inicialmente tratava-se de um edifício modesto, eventualmente vinculado à autoridade asturiana e localizado no lugar do Sobrado, medievalmente designado por Columbino.
A localização do Mosteiro, na interseção de duas das principais vias medievais da época – uma que ligava o Porto a Trás-os-Montes, por Amarante, e uma segunda que ligava a Beira a Guimarães e Braga, atravessando Lamego e o Douro em Porto de Rei – evidencia a significativa importância deste conjunto monástico Beneditino na região.
O poder da família dos Sousões, que efetuou as doações, e as dádivas dos fiéis permitiram a Pombeiro assumir-se como um potentado na região. Bens imóveis e padroados foram-se somando ao património deste Mosteiro, que chegou a possuir 37 igrejas e um rendimento anual muito cobiçado, proveniente das rendas e dos dízimos. O poder de Pombeiro estendia-se até Vila Real. Os Beneditinos, com o forte apoio da familia dos Sousões de Ribavizela, impulsionam o arranque da construção românica, cuja datação deverá residir ao longo da segunda metade do século XII, ou nas primeiras décadas do século XIII.
Após o término das obras na fachada principal, a frontaria recebeu uma galilé de três naves, destinada ao enterramento dos nobres de Entre-Douro-e-Minho, embora das tumulações efetuadas restem apenas dois túmulos românicos, atualmente localizados no interior do templo, e atribuídos, a um desconhecido nobre da família dos Lima e a D. João Afonso de Albuquerque.
Já na Idade Moderna, Pombeiro foi objeto de profundas modificações, a maioria das quais ocorridas no período Barroco. Uma das alas do claustro data de 1702, século ao longo do qual se realizaram a nova capela-mor, o coro alto, o órgão, as numerosas obras de talha dourada, as duas torres que flanqueiam a frontaria e uma parte das alas monacais.Os claustros foram alvo de remodelação nos inícios de Oitocentos, com uma campanha neoclássica, interrompida em 1834, com a extinção das ordens religiosas.
Limão.
ResponderEliminarBoa tarde, queria informar que é Santa Maria Maior de Pombeiro de Riba de Vizela. Vale Palumbario. Monte Palumbino.
Muito obrigados.
Grato pela sua informação
ResponderEliminarApareça sempre