A Citânia de Sanfins é uma das estações arqueológicas mais significativas da cultura castreja do Noroeste peninsular e da proto-história europeia. A sua situação geografica na região de Entre-Douro-e-Minho, terá sido factor determinante do desenvolvimento deste importante povoado. Existem indicios de que este povoado terá sido capital dos povos Calaicos, dos Brácaros, situados na margem direita do Douro.
Escavações no local permitiram a documentação de um povoado pré-histórico do período calcolítico entre os sécs. V e III a.C.
A grande dimensão deste povoado, que chegou a capital regional, resulta da união de vários outros povoados numa atitude de defesa estratégica contra as investidas da campanha do general romano Décimo Júnio Bruto.
Segundo Estrabão, com a conquista do Noroeste pelos exércitos de Augusto este castro foi transformado numa simples aldeia ocupando apenas a plataforma limitada pela muralha central, onde se procedeu a uma profunda reestruturação urbana em função do fomento da actividade metalúrgica.
Com as reformas flavianas praticadas na região, terá entrado num período de declínio, com uma população cada vez mais diminuta a cultivar os campos das imediações, até ao seu abandono em meados do séc. IV.
Campo privilegiado de investigação desde os tempos pioneiros da Arqueologia nacional, atraindo para estudo sistemático grandes vultos e instituições da cultura portuguesa e estrangeira, cumpre referir sobretudo o interesse de F. Martins Sarmento e J. Leite de Vasconcelos e, em especial, a actuação da equipa de Eugénio Jalhay e Afonso do Paço e seus colaboradores, posteriormente continuada por docentes e investigadores da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que, com o esforço de numerosas e sucessivas campanhas, tornaram a Citânia de Sanfins numa das mais prestigiadas estações arqueológicas peninsulares.
Estátua de guerreiro
Musica:Sons da Suevia - Cheiron
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