Um avivar das raizes

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Citânia de Briteiros




Designação
Citânia de Briteiros

Localização
Portugal, Braga, Guimarães, Briteiros (Salvador)

Acesso
EN 101 (Guimarães - Braga), EN 310 (para Póvoa de Lanhoso), EM para S. Salvador de Briteiros, EM para o Monte de São Romão ou da Citânia

Protecção
MN, Dec. 16-06-1910, DG 136 de 23 Junho 1910

Enquadramento
Rural. Situa-se no topo de uma elevação destacada no sopé da qual se encontra o lug. de S. Salvador de Briteiros.

Descrição
Povoado fortificado com quatro linhas de muralhas e de planta aproximadamente oval, de grande dimensão. A área da plataforma central, que tem cerca de 250 x 150 m, organiza-se segundo dois eixos principais. Outras ruas, transversais aquelas, dividem o povoado em quarteirões, nos quais se agrupam casas, de planta circular e rectangular. Entre a 2ª e a 3ª linha defensiva, do lado S, localiza-se um Monumento com forno.

Utilização Inicial
Militar / residencial. Povoado fortificado

Utilização Actual
Marco Histórico-cultural / Turística

Cronologia
Séc. 1 / 2 a.C. - Provável ocupação do local; séc. 1 d.C. - romanização da citânia; 1875 - início das escavações no local, levadas a cabo por Martins Sarmento; 2006 - a Sociedade Martins Sarmento propõe-se criar uma quinta biológica proto-histórica, junto à citânia, de modo a revitalizar o local.

Tipologia
Povoado fortificado proto-histórico de grande dimensão romanizado.

Características Particulares
A Citânia de Briteiros é o mais emblemático conjunto arqueológico da cultura castreja do Norte Peninsular e o mais extensamente escavado em Portugal. Juntamente com Sanfins, é um dos lugares onde se pode formar melhor ideia da Cultura Castreja do Noroeste de Portugal.

Intervenção Realizada
1875 - Escavações arqueológicas iniciadas por Martins Sarmento e depois continuadas regularmente pela Sociedade Martins Sarmento, Guimarães; 1956 - escavação e recolha de objectos de interesse arqueológico; 1957 - trabalhos de escavação e recolha de objectos de interesse arqueológico; 1958 / 1959 / 1960 / 1961 / 1964 / 1968 - escavação e recolha de objectos de interesse arqueológico; 1962 - continuação das pesquisas Arqueológicas, pelos Serviços de Conservação; 1974 - obras de conservação e limpeza; execução de trabalhos diversos; 1975 - obras de conservação e limpeza; 1977 - conservação e limpeza; 1977 / 1978 - intervenção arqueológica da responsabilidade de Armando Coelho Ferreira da Silva e Rui Centeno da Faculdade de Letras da Universidade do Porto; UAUM / Sociedade Martins Sarmento - 2006, Julho - realização de de trabalhos de escavação e sondagens arqueológicas orientados pelo arqueólogo Francisco Sande Lemos; são postas a descoberto estratos correspondentes a uma ocupação humana anterior à reorganização do espaço urbano; Outubro / Novembro - trabalhos de escavação põem a descoberto um segundo balneário próximo da EN 306.



Cultura Castreja do Noroeste

No noroeste da peninsula Iberica desenvolveu-se, antes da chegada dos Romanos (provavelmente entre o sec. VIII e sec. III/II AC), uma cultura castreja de origem Celta com caracteristicas especiais que as distinguem das demais regiões Ibericas aonde apesar de haver tambem nucleos Castrejos, estes não tem a densidade e as caracteristicas dos castros da cultura do noroeste peninsular, de notar que ainda hoje a zona de implantação desta cultura corresponde as zonas de maior densidade populacional da peninsula Iberica, a zona de implantação desta cultura vai desde o norte da Galiza, parte das Asturias ate mais ou menos a linha do Douro zona tambem corresponde a antiga provincia Romana da Gallaecia assim denominada em Latim apos a conquista Romana começada com Decios Junus Brutus, enviado por Roma para conquistar esta e outras zonas da peninsula para o seu império, o nome Romano de Gallaécia corresponde e é a Latinização da palavra Grega da antiguidade que denominava estes povos que era Kallaikoi (castrejos em Galaicoportuguês), todos estes nomes se encontram registados nos escritos da antiguidade e as campanhas de Brutus foram essenciais no estudo destes povos actualmente.
De acordo com registos da antiguidade a tribo Gallaeci dividia-se em tres tribos principais; os Artabi na actual Galiza, os Grovi no actual norte de Portugal ate mais ou menos a margem norte do Douro, os Asturi em parte das actuais asturias.
Actualmente varias teorias circulam sobre estes povos, uma corrente aponta esta zona como sendo o berço de toda a cultura Celta Europeia outra corrente aponta como sendo apenas uma zona de expanção da cultura Celta antiga, o que actualmente importa é manter o legado comum aos dois paises que ocupam esta peninsula e que é no fundo o passado de todos nos, ou seja, antes de Roma ca chegar ja ca havia civilização e tinha cunho proprio.
Em ambos os paises o numero de Castros ultrapassam as centenas, uns maiores, ja verdadeiras cidades, e outros menores, alguns sofreram depois a Romanização servindo de base em alguns casos para a construção de cidades Romanas e outros sobreviveram ate a alta idade média inclusive, em Portugal os melhores e maiores são: Citânia de Santa Luzia, Citânia de Briteiros, Citânia de Sanfins, Citânia de Terroso, Castro do Monte Padrão entre outros, tenho fotos de alguns mas não tenho de todos como é logico.
Destes Castros dois estão em zonas urbanas de grandes areas populacionais, a Citânia de Santa Luzia em Viana do Castelo e a Citânia de terroso em Povoa de Varzim, cidade pertencente ao grande Porto.


Fonte

IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana

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Autoria do blog

Musica
Sangre Cavallum - Bailadouro (http://www.sangrecavallum.com/)

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