Um avivar das raizes

Um avivar das raizes

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Idanha-a-Velha a antiga Egitânia




Idanha-a-Velha pequena aldeia de ambiente pitoresco, pelo notável conjunto de ruínas que conserva. ocupa um lugar de realce no contexto das estações arqueológicas do País. Ergue-se no espaço onde outrora existiu uma cidade de fundação romana (séc. I a.C.), inserida no território da Civitas Igaeditanorum, tendo sido, mais tarde, município romano. Uma inscrição datada do ano 16 a.C., onde consta que Quintus lallius, cidadão da Emerita Augusta (Mérida) "deu de boa vontade um relógio de sol aos Igeditanos", testemunha a existência no núcleo urbano nesse momento cronológico. Em 105, a povoação aparece referida numa inscrição da monumental ponte de Alcântara - importante obra de engenharia romana - como um dos municípios que contribuíram para a sua construção. Diversos vestígios evidenciam, ainda hoje, essa permanência civilizacional: entre outros, o podium de um templo no qual assenta a Torre dos Templários; a Porta Norte e respectiva muralha; um conjunto excepcional de lápides funerárias e variado espólio disperso.

A povoação conheceu no período visigótico, sob o nome da Egitânea, momentos áureos de desenvolvimento, tendo sido sede de diocese desde 599 e centro de cunhagem de moeda em ouro (trientes). São testemunhos materiais desse período, o Baptistério e ruínas anexas do "Palácio dos Bispos" e a designada "Sé-Catedral", esta com profundas alterações arquitectónicas posteriores.

Os Árabes ocuparam a cidade até à sua tomada por D. Afonso III, Rei de Leão, durante a reconquista , fazia já parte integrante do Condado Portucalense aquando da fundação de Portugal. Mais tarde D. Afonso Henriques entregou-a aos Templários. Em 1229 D. Sancho II deu-lhe foral. D. Dinis incluiu-a na Ordem de Cristo - 1319 -, seguindo-se outras tentativas de repovoamento. D. Manuel I, em 1510, institui-lhe novo foral de que o Pelourinho [11] ainda é testemunho. Em 1762 figurava como vila, na comarca de Castelo Branco; em 1811, ficava anexa a Idanha-a-Nova; em 1821 tornava-se de um pequeno concelho, extinto em 1836. Intencionalmente, e ao longo dos séculos, pretendeu-se reorganizar todo o espaço urbano, revitalizando-o no domínio social, económico, politico e cultural. Porém o seu percurso histórico, de desertificação, estava traçado. Hoje, Idanha-a-Velha (Monumento Nacional), surge renovada. Uma Aldeia Histórica criteriosamente adaptada para os que aqui residem e para os que a visitam.


Fontes : http://www.portugalvirtual.pt
Fotos : Google Imagens
Video : Autoria do blog

Sem comentários:

Enviar um comentário